Será o “pós-normal”, um momento em que vamos experimentar novas formas de nos relacionar com o trabalho, com a saúde, com as pessoas, com a sociedade, com a natureza etc.
No fim das contas, a pandemia foi uma grande lente de aumento sobre mudanças que já estavam em andamento no mundo do trabalho. Algumas ideias a gente namorava e outras colocava embaixo do tapete.
De fato, se olharmos esses meses de pandemia, tivemos que revisitar alguns conceitos do mundo do trabalho e a nossa relação com o trabalho. Cada um de nós tentando enxergar a importância do trabalho em nossas vidas e analisar a relação com as organizações, ou seja, nossos empregos.
Do ponto de vista da nossa relação com o trabalho, a gente descobriu que trabalho é muito mais que a nossa profissão, muito mais do que a gente faz em troca de remuneração. Tivemos que ajustar um pouco a nossa cabeça, porque achávamos que só tínhamos valor pelo trabalho profissional, pelo currículo, pelo status. A pandemia deu esse chacoalhão e agora já estamos em alerta, pensando qual é afinal a nossa relação com o trabalho.
Outro ponto é que começamos a questionar a estrutura das organizações. Faz sentido ter grandes prédios, com todo aquele glamour? Começamos a enxergar que essa pompa, símbolos organizacionais, talvez sejam desnecessários, inclusive a hierarquia rígida, as reuniões impostas, as relações de reconhecimento com data marcada, tudo isso foi quebrado. Hoje, reavaliamos qual o novo modelo de trabalho que podemos ter. Existe uma outra forma de desenhar a evolução do futuro do trabalho. Vamos ter que estar ativamente nesta construção, independente de cargo.