opinião

A influência emocional e a importância do gestor no momento atual

Márcio Schultz

Há 25 anos trabalho com autoconhecimento em gestão de pessoas e nunca foi tão importante o tema - entender de gente. A liderança atual está sendo chamada a ser inspiradora e isto se consegue através do autoconhecimento.

Antes, a responsabilidade era mais acentuada do RH, porém, as empresas mais conceituadas já sabem que essa realidade não é mais assim. Hoje, uma das principais competência de um gestor é entender de pessoas e promover o engajamento do seu time.

E como engajar uma equipe em home office? Inspirando-a.

Para entendermos melhor o que estou dizendo, precisamos saber que um gestor influencia a sua equipe com a sua vibração emocional, ou seja, não damos aquilo que não temos e todos os gestores possuem competências e gaps.

Um gestor influencia com sua postura, seus posicionamentos, seu tom de voz ou com o seu silêncio, ele desenhará um norte para sua equipe e sua marca ficará para sempre na vida dos seus liderados, seja ela positiva ou conflituosa.

Espera-se de um gestor que ele traga soluções, ideias e busque apoiar alternativas de soluções de problemas que com a pandemia, e a pressão externa e interna do dia a dia, aumentaram. Todos da equipe voltaram seus olhares para os gestores e, talvez nunca na história um gestor, ele foi tão solicitado a ser uma influência emocional positiva, consciente e motivadora do time.

A Neurociência já comprova que não existe nenhum pensamento sem a participação das emoções, ou seja: pensamos, sentimos e agimos e para ficar mais claro, se o gestor afirma a sua equipe que precisa aumentar a produtividade pois ela impactará na saúde da empresa, essa decisão sofreu influência de uma emoção prévia, às vezes pode ter sido por segurança ou medo, não sabemos ao certo, mas alguma emoção esteve presente na escolha dessa nova direção.

Será que o gestor estava preparado para lidar com as suas emoções e da equipe?

Você consegue imaginar como se sente um líder de um grande time e como a sua responsabilidade em liderar pessoas fica extremamente atrelada à habilidade em lidar com as suas próprias emoções?

O que fazer com uma equipe que está com medo ou sente-se raivosa pelas mudanças nas rotinas ou com a sua dúvida de não estar fazendo a coisa certa? São tantos os questionamentos e muitos líderes precisam responder sozinhos, às vezes lhes faltam autoconhecimento e ferramentas objetivas para entender de pessoas e emoções ou alguém com quem compartilhar suas questões.

Quando aprendemos a olhar para as nossas emoções, aprendemos a nos validar mais como profissionais e como pessoas!

Uma empresa com um time engajado, às vezes, vale o dobro no mercado e por trás há sempre líderes inspiradores. O Autoconhecimento nos faz mais fortes, maduros emocionalmente e nos torna líderes com habilidade no trato com as pessoas e assim ficamos em paz com a nossa missão. E o Planeta precisa de líderes mais conscientes!

Márcio Schultz

Márcio Schultz é presidente e fundador do Instituto Rennove, psicoterapeuta somático, com formação em Integração Organísmica e Educação Somática, Executive Coach.

Revista Liderança Empresarial - Edição 1 - Dezembro de 2020