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Acic acompanha dados da economia

No site da entidade, espaço dedicado aos indicadores socioeconômicos foi reformulado e passou a oferecer mais informações

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Andréia Limas

Alinhada às necessidades de mercado, a Associação Empresarial de Criciúma (Acic) já disponibilizava em seu site os Indicadores Socioeconômicos (https://www.acicri.com.br/indicadores-socioeconomicos). No entanto, o espaço foi reformulado no início deste ano e passou a contar com novos dados sobre a economia nacional e regional, representados através de gráficos, relatórios, levantamentos e notícias, com a análise de especialistas.

As informações estão classificadas por temas – saldo de empregos, balança comercial, população, serviços públicos, salários, inflação, carga tributária, cotações, performance econômica, consumo, legislação, crédito e Cidade Empreendedora Criciúma – e, para acessá-las, basta clicar no respectivo item.

“Dispor de informações atualizadas já era uma necessidade do empresariado para a tomada de decisões, mas essa demanda ganhou ainda mais força durante a pandemia, principalmente, para acompanhar o comportamento da economia diante de tantos fatos novos”, enfatiza o presidente da Acic, Moacir Dagostin.

O empresário cita como exemplo os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged). Devido à pandemia de coronavírus, o Ministério da Economia atrasou a divulgação dos números nos quatro primeiros meses do ano, tornando-os públicos apenas no final de maio.

Desde então, a Acic tem acompanhado mês a mês o indicador, um dos principais na análise da recuperação econômica, ao apontar o saldo de empregos com carteira assinada, na comparação entre contratações e demissões.

Evolução do emprego na Região Carbonífera

Os dados do Caged mostram que a Região Carbonífera vinha conseguindo manter positivo o saldo entre admissões e desligamentos no início do ano, seguindo a tendência de 2019. Em janeiro, os 12 municípios tiveram 1.128 admissões a mais que demissões e, em fevereiro, o número chegou a 1.406, a terceira maior marca do ano.

Já com a pandemia e a restrição às atividades na segunda quinzena do mês, março também fechou com 168 contratações a mais que desligamentos. Com as restrições ainda em vigor, a região teve o pior desempenho em abril, quando houve a perda de 3.520 postos de trabalho. Em maio, o saldo ainda foi negativo, mas a perda diminuiu para 1.380 vagas com carteira assinada.

Em junho, a boa notícia: o mês terminou com saldo positivo entre contratações e demissões. Somando os 12 municípios, foram 213 admissões a mais que desligamentos no mercado de trabalho formal. A reação se consolidou no mês seguinte, quando foram gerados 1.212 empregos.

Melhor saldo do ano em outubro

Em agosto, os dados do Novo Caged mostraram que a Região Carbonífera recuperou todos os empregos formais perdidos durante a pandemia e ainda acrescentou novos postos de trabalho com carteira assinada. No acumulado dos oito primeiros meses do ano, houve 346 admissões a mais que desligamentos. Isso foi possível com as 1.473 contratações a mais do que demissões durante o mês.

Na soma de setembro, os 12 municípios contabilizaram 1.396 novos postos de trabalho com carteira assinada e, em outubro, registraram o maior saldo do ano no comparativo entre contratações e demissões. Durante o mês, foram abertos 1.663 postos de trabalho com carteira assinada, superando a marca de agosto, até então o melhor desempenho de 2020.

“O cenário já desenhava que teríamos em outubro um saldo maior do que em setembro e isso se confirmou, mostrando que as empresas da Região Carbonífera vêm se recuperando e conseguindo retomar as contratações, cada vez em maior volume”, aponta o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.

Banco de Talentos confirma aquecimento no mercado de trabalho

O aumento na oferta de vagas de emprego na região também pôde ser sentido no Banco de Talentos da Acic, importante ferramenta de aproximação entre as empresas que precisam repor seu quadro de pessoal e profissionais em busca de uma nova colocação ou da inserção no mercado de trabalho.

No acumulado entre janeiro e outubro, foram ofertadas por meio do Banco de Talentos da Acic 9.481vagas, significando uma média de quase 949 postos de trabalho por mês. A menor oferta coincidiu justamente com a pior fase da crise provocada pela Covid-19, nos meses de abril e maio, quando foram disponibilizadas 315 e 383 vagas, respectivamente.

A partir de junho, o número de vagas começou a subir, indo a 646, passando a 808 em julho, 897 em agosto, 1.720 em setembro, até chegar a quase 2 mil em outubro – os dados mostram que 477 empresas anunciaram vagas durante o mês.

Mais de 1,6 milhão de acessos

Em relação aos currículos, foram cadastrados 11.873 entre janeiro e outubro, representando uma média de 1.187 ao mês. Apenas o mês de abril ficou abaixo da média, com 874 currículos enviados. Mas os números voltaram a aumentar em maio e outubro fechou com 1.557 currículos cadastrados ao longo do mês.

Seja por empresas disponibilizando vagas, associados e não associados consultando os postos ofertados, profissionais buscando uma nova oportunidade de trabalho ou cadastrando seus currículos, o Banco de Talentos da Acic teve 1.672.885 acessos no acumulado entre janeiro e outubro, média de quase 170 mil por mês.

Base para a seleção de profissionais

Deize Felisberto

A Ouro Negro é uma das empresas que utiliza a ferramenta como base para o recrutamento de profissionais. Conforme a gerente de gestão de pessoas, Carolina Zanette de Souza, a busca ocorre para todas as áreas da empresa, seja operacional ou administrativa. “O Banco de Talentos da Acic é um grande aliado no nosso dia a dia da área de gestão de pessoas. Encontramos na ferramenta muitos perfis de profissionais que atendem às nossas demandas”, destaca Carolina.

Um dos colaboradores contratados pela Ouro Negro por meio do banco é a atual assistente de Recursos Humanos da empresa, Simone Cristina Grando. “Fui contratada pela Ouro Negro em fevereiro através do Banco de Talentos. Conheço bem a ferramenta tanto para recrutamento como também na busca de oportunidades”, conta Simone.

O profissional Evandro Luis Rocha Alves, com formação na área contábil, salienta a importância e a facilidade da ferramenta. “O banco é muito prático e assertivo. Já usei muitas vezes, tanto para seleção como na busca de uma vaga de trabalho. Meu atual emprego foi uma oportunidade que surgiu, após ter colocado meu currículo lá”, relata Alves, que foi contratado em janeiro pela Acriflex.

Ferramenta passa por reformulação

"A nossa expectativa é de que até o final do ano tenhamos números ainda maiores, com ofertas de vagas em empresas de diversos segmentos, para atuação em diferentes funções e com níveis de qualificação variados. Quem quiser conhecer as vagas ofertadas ou cadastrar seu currículo, basta acessar o site da Acic (https://www.acicri.com.br/bancodetalentos/)”, explica o presidente da entidade, Moacir Dagostin.

O empresário antecipa que o Banco de Talentos está passando por reformulações e as novidades devem ser apresentadas em breve. “Estamos fazendo ajustes que tornarão a navegação mais fácil e trarão outras melhorias a quem utiliza a ferramenta

Banco de Talentos

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milhão de acessos
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mil currículos cadastrados
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mil ofertas de emprego em outubro
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mil vagas de trabalho de janeiro a outubro

Revista Liderança Empresarial - Edição 1 - Dezembro de 2020