Dólar em alta
Para o mercado externo, a projeção é de superávit em termos de transações correntes, com as exportações ainda favorecidas pela alta do dólar. “Em 2021 devemos continuar observando o aumento das exportações, muito por conta da taxa de câmbio. Na região, os principais produtos exportados são carne de frango e produtos cerâmicos, e a tendência é aumentar, pela competitividade nesse cenário”, afirma o economista.
Por outro lado, o volume de importações deve diminuir. “Os setores que mais vão sofrer são aqueles que dependem de insumos importados, pois o dólar em alta tende a encarecer a produção. Isso deve gerar uma substituição desses bens importados por produtos nacionais”, acredita Fabris.
Plano de Desenvolvimento Socioeconômico
Em 2021, devem estar concluídos os trabalhos do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico da Amrec, desenvolvido pela Unesc em parceria com o Centro Universitário Barriga Verde (Unibave) e a Associação dos Municípios da Região Carbonífera. O principal objetivo do plano é orientar o crescimento dos municípios nos próximos anos.
“O plano é de suma importância, pois dará os direcionamentos. O que fizemos foi identificar os principais setores chave da economia da Região Carbonífera. De mais de 250 setores analisados, 20 foram elencados e respondem por 76% da movimentação econômica. Identificamos os setores estratégicos e agora estamos vendo as ações para cada um”, detalha Fabris.
“Calculamos os efeitos multiplicadores para direcionar as políticas públicas, olhando também a parte social, de educação, questões relacionadas à infraestrutura, logística. É um instrumento que norteia a região até 2030 e é essencial que os novos gestores conheçam”, considera.