Moacir Dagostin
Para que seja possível alcançar o desenvolvimento socioeconômico de uma região, é necessário que se tenha ações e projetos com resultados integrados em diversas áreas, especialmente naquelas relacionadas à infraestrutura, investimentos, educação, qualificação profissional, emprego e renda.
O Sul tem demonstrado mais do que nunca seu empreendedorismo, garra e inovação diante de tantos desafios impostos pelo momento atual. Prova disso são os resultados positivos na geração de empregos, na abertura de novos negócios e na balança comercial. A retomada da economia tem ocorrido de forma mais acelerada no Estado e na região, quando comparada ao restante do país.
A capacidade de avançar e crescer está acima da demanda ofertada. É preciso oferecer às empresas condições para o melhor escoamento da produção, fontes de energia abundantes e com preços competitivos, modais eficientes, capital físico e humano, e desenvolvimento de tecnologia. Para que assim, de fato, se consiga o crescimento pleno da região, com melhores condições de vida a toda a comunidade.
É urgente que demandas primordiais sejam encaminhadas e concluídas pela esfera pública, como a conclusão das obras na BR-285, em Timbé do Sul. Pleito extremamente importante e esperado há mais de 30 anos, que representará um corredor de escoamento de produção dentro do Mercosul e forte potencial turístico. A BR-285 se tornará uma rodovia bioceânica, ligando o Brasil, Argentina e o litoral do Chile.
Modais como o Porto de Imbituba, a Ferrovia Tereza Cristina e o Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi, em Jaguaruna, também merecem atenção pela grandiosidade de suas respostas ao desenvolvimento do Sul catarinense. Santa Catarina não está contemplada na expansão nacional da malha ferroviária. Inúmeros movimentos já foram realizados pelas associações empresariais junto ao Fórum Parlamentar Catarinense, solicitando que a demanda entre na pauta de prioridades do Estado.
Empresas estão sendo penalizadas pela deficiência no fornecimento de gás natural e energia. Segmentos industriais estão a pleno, com produção reprimida devido à falta desses insumos. A capacidade de infraestrutura precisa ser realizada para que esses recursos, fundamentais para o desenvolvimento tecnológico e o crescimento industrial, sigam caminho e cheguem às indústrias.
Reconhecidamente, a região tem um enorme potencial de crescimento, que não pode e nem deve ser limitado. O Poder Público precisa assumir o compromisso de ouvir as demandas e atuar no sentido de ser um incentivador do desenvolvimento econômico e, por consequência, proporcionar melhor qualidade de vida às pessoas.
A Acic, unida às demais entidades empresariais e instituições, não faz somente reivindicações e levanta bandeiras positivas e necessárias, mas mostra soluções e caminhos, como é o caso exitoso de inúmeras parcerias público-privadas já executadas na administração de algumas estruturas eminentemente públicas.
“Promover o desenvolvimento econômico, político, social e cultural de Criciúma e região, representando e prestando serviços aos associados e meio empresarial”. Essa é a Missão da Associação Empresarial de Criciúma. Missão que vem sendo cumprida há 77 anos e que se renova a cada ano, conforme evoluem também os temas debatidos na sociedade.
Revista Liderança Empresarial - 2ª Edição - Agosto de 2021