Fórum de entidades

Segurança pública pauta primeira ação da nova diretoria do Forcri

Leandro Eufrásio assumiu o comando e encontro com integrantes das forças de segurança foi promovido na sede da Acic

Deize Felisberto e Andréia Limas

“O encontro foi positivo, pois conseguimos reunir todas as partes interessadas, conhecer o projeto de São José, discutir a viabilidade e definir os encaminhamentos. Assim que a comissão concluir o estudo sobre a experiência de São José, iremos até o Executivo e o Legislativo para a criação de um projeto de lei semelhante em Criciúma”.

Leandro Eufrásio Teixeira
Presidente do Forcri

A segurança pública de Criciúma está entre as principais bandeiras do Fórum de Entidades de Criciúma (Forcri) e foi a primeira pauta a ser tratada pela nova diretoria do fórum, com o comando do representante dos Rotarys Clubes da cidade, Leandro Eufrásio Teixeira.

“O Forcri desde 2015 vem desempenhando um papel extremamente importante na cidade de Criciúma. As entidades que compõem este fórum têm um extenso trabalho voluntário em prol do crescimento da nossa cidade e região e continuaremos este trabalho voluntário essencial para todo o Sul”, pontua o novo presidente.

O encontro que tratou do sistema de monitoramento por câmeras, com a presença do secretário de Segurança de São José, coronel Vânio Luiz Dalmarco, foi realizado no dia 22 de julho, na sede da Associação Empresarial de Criciúma (Acic). “A reunião foi extremamente positiva, pois conseguimos reunir todas as partes interessadas, conhecer o projeto de São José, discutir a viabilidade e definir os encaminhamentos. Assim que a comissão concluir o estudo sobre a experiência de São José, vamos conversar com o prefeito Clésio Salvaro e com os vereadores para a criação de um projeto de lei semelhante em Criciúma. Dessa forma, será possível atrair voluntários para realizar o monitoramento das imagens e melhorar o sistema”, avalia o presidente do Forcri.

Comissão vai estudar melhorias no sistema de monitoramento por câmeras

Após formado, o grupo de trabalho vai estudar o passo a passo do sistema em operação em São José. “É uma experiência bastante exitosa, viabilizada pela Administração Municipal através de projeto de lei e que teve continuidade. A central funciona em um ambiente físico dentro da prefeitura e conta com o trabalho de voluntários. O custo com pessoal fica em torno de R$ 90 mil ao mês, muito pouco em comparação à efetividade”, considera Dalmarco.

Falta de efetivo

De acordo com o coronel Evandro Fraga, então comandante da 6ª Região da Polícia Militar, órgão responsável pelo projeto Bem-Te-Vi, a principal dificuldade na operação do sistema é a falta de efetivo – no momento, não há pessoal dedicado exclusivamente ao monitoramento das imagens.

“A prioridade de contratação de agentes temporários é o atendimento do 190. Solicitamos que haja a contratação de um número superior, para que o excedente seja colocado no monitoramento, mas como a rotatividade é muito grande, logo o agente terá que voltar ao atendimento”, explica Fraga.

O oficial aponta como alternativa a contratação de voluntários, como em São José, incluindo pessoas com deficiência que poderão ser treinadas para o serviço e receber uma ajuda de custo para alimentação e transporte.

“Estamos elaborando a licitação para aquisição de mais câmeras com reconhecimento facial e o projeto prevê a destinação de 100 delas para Criciúma, um investimento de R$ 2,6 milhões”.

Tenente-coronel Daniel Rodrigues
Diretor de Tecnologia da Secretaria de Estado da Segurança Pública

Substituição de equipamentos

Em Criciúma, são 145 pontos de fibra ótica que podem receber os equipamentos, mas no momento há apenas 106 câmeras em funcionamento e cerca de 40 estão obsoletas. “O Estado fez a licitação para a troca, conseguiu realizar a substituição em outros municípios, porém, uma decisão judicial impediu que avançássemos para a região Sul. Para Criciúma, está prevista a substituição de 45 câmeras, mas é preciso esperar que essa questão seja resolvida”, informa o tenente-coronel Daniel Rodrigues, diretor de Tecnologia da Secretaria de Estado da Segurança Pública. “O Forcri enviará um ofício ao governador Carlos Moisés, solicitando uma atenção especial a esse assunto”, declara Teixeira.

A substituição de equipamentos realizada a partir do ano passado incluiu câmeras mais modernas, com tecnologia que permite captar imagens a longa distância em alta definição. Além disso, o sistema deve ser ampliado com o uso de inteligência artificial para o reconhecimento facial de criminosos, pessoas desaparecidas, foragidos ou com mandados de prisão ativos.

“Estamos elaborando a licitação para aquisição de mais câmeras com reconhecimento facial e o projeto prevê a destinação de 100 delas para Criciúma, um investimento de R$ 2,6 milhões. A previsão é de que a aquisição ocorra no primeiro semestre de 2022. Caberá à polícia local indicar em quais pontos serão instaladas”, pontua Rodrigues.

“A reunião foi esclarecedora, para conhecermos a situação atual do sistema e as perspectivas de melhoria. A Acic vai acompanhar de perto essa questão, pois o fortalecimento da segurança pública está entre as principais bandeiras da entidade”, salienta o presidente da Acic, Moacir Dagostin.

Forcri

Formado pelas entidades Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Sociedade Maçônica da Região Sul (Somarsul), Lions e Rotary Clubes de Criciúma, o Forcri tem como objetivo implementar o debate público das questões inerentes ao desenvolvimento sustentável de Criciúma, promovendo ações por meio de parcerias e intercâmbios entre as sociedades civil, comercial, industrial e Poder Público, em busca da melhor qualidade dos serviços públicos para o desenvolvimento da cidade.

Revista Liderança Empresarial - 2ª Edição - Agosto de 2021