foto: @dronesflysul por Giorgi Elias
Desenvolvimento
Indicadores econômicos em retomada reforçam a necessidade da conclusão e de novas oportunidades em áreas como a da infraestrutura, educação, qualificação profissional, emprego e renda
Deize Felisberto
O cenário otimista e estável vislumbrado pelo mercado para 2021 está se confirmando na região Sul, com indicadores econômicos em retomada. Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) também mostram que a região chegou a junho com quase 145 mil empregos com carteira assinada e quase sete mil novos empregos gerados.
A Região Carbonífera também começou o ano com índice positivo na Balança Comercial. Foi o melhor semestre dos últimos três anos nas exportações. Na soma dos 12 municípios, o volume negociado ao exterior entre janeiro e junho foi superior a US$ 158 milhões, representando um aumento do 41,15% em relação ao mesmo período de 2020, quando ficou em US$ 112 milhões. Em 2019, as exportações alcançaram US$ 126 milhões.
Nos seis primeiros meses deste ano, houve a abertura de 5.312 empresas, o que significa um aumento de 35,93% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento da região Sul deve acompanhar a média estadual de 8%, que está acima do crescimento esperado para o país. O Produto Interno Bruto (PIB) projetado para o Brasil deve variar entre 5% a 5,5%.
“O cenário neste momento é o melhor possível, com as empresas investindo em tecnologia, novas máquinas e equipamentos, no aumento da produção e no quadro de colaboradores. O Sul tem demonstrado mais do que nunca seu empreendedorismo, garra e inovação diante de tantos desafios impostos pelo momento atual. Prova disso são os resultados positivos”, destaca o presidente da Associação Empresarial de Criciúma (Acic), Moacir Dagostin.
Entretanto, o presidente da Acic chama a atenção para a carência de estrutura em áreas fundamentais para o avanço do desenvolvimento socioeconômico da região, como investimentos, infraestrutura, educação, qualificação profissional, emprego e renda.
“A capacidade de avançar e crescer está acima da demanda ofertada. É preciso oferecer às empresas condições para o melhor escoamento da produção, fontes de energia abundantes e com preços competitivos, modais eficientes, capital físico e humano, e desenvolvimento de tecnologia. Para que assim, de fato, se consiga o crescimento pleno da região, com melhores condições de vida a toda a comunidade”, pontua.
É urgente que demandas primordiais sejam encaminhadas e concluídas pela esfera pública, como a conclusão das obras na BR-285, em Timbé do Sul. Investimentos nos modais; Porto de Imbituba, Ferrovia Tereza Cristina e Aeroporto Regional Sul Humberto Ghizzo Bortoluzzi.
“A região tem um enorme potencial de crescimento, que não pode e nem deve ser limitado. O Poder Público precisa assumir o compromisso de ouvir as demandas e atuar no sentido de ser um incentivador do desenvolvimento econômico. A Acic, unida às demais entidades empresariais e instituições, não faz somente reivindicações e levanta bandeiras positivas e necessárias, mas mostra soluções e caminhos, como é o caso exitoso de inúmeras parcerias público-privadas já executadas na administração de algumas estruturas eminentemente públicas”, conclui.
Revista Liderança Empresarial - 2ª Edição - Agosto de 2021